As esculturas de Thomas Dambo, mostram um encantador conto de fadas com seus Trolls gigantes.
Considerado o principal artista de reciclagem do mundo, Thomas Dambo é filho de uma costureira de fantasias de teatro e de um ferreiro, cresceu numa comunidade no interior da Dinamarca, onde a expressão artística era profundamente encorajada e seus pais passaram para ele o valor e a importância da reciclagem e da sustentabilidade. Com apenas sete anos construiu uma sala de jogos no porão da casa de seus pais, com almofadas compradas em um mercado de pulgas. Ainda na adolescência construiu no quintal, usando materiais reciclados de graça, a fortaleza com uma série de túneis subterrâneos, onde uma tirolesa conectava duas casas no topo das árvores.
Nas belas florestas, prados e águas calmas, Thomas construiu gigantescas esculturas inspiradas nos contos folclóricos escandinavos, com mais de 10 metros espalhadas pelas florestas nos subúrbio de Copenhagen. Ele usou prateleiras desgastadas, páletes e galhos de árvores caídas, com a ajuda de 200 voluntários, para coletar materiais necessários.
Os Trolls de Dambo (criaturas imaginárias da mitologia escandinava que viviam à margem da sociedade, escondidas em bosques), estão espalhados pelo mundo, na Dinamarca, Bélgica, Alemanha, EUA, Porto Rico, Coreia do Sul e Austrália. São dezenas delas, geralmente localizadas em locais de difícil acesso, incentivando crianças e adultos a se aventurarem pela natureza e mostrar o que se pode fazer com materiais reciclados.
Suas esculturas já foram visitadas por milhões de pessoas. Cada uma é única, com sua própria personalidade, e possuem nomes mitológicos de personagens que viveram nas florestas. Cada troll é construído na natureza com uma equipe local de técnicos e voluntários e levam cerca de 750 horas para serem concluídas.
Dambo é um autoproclamado “ativista da arte da reciclagem”, influenciado pelo compromisso da Dinamarca com a sustentabilidade, particularmente pelos seus eficientes programas de reciclagem.
“Quero remover parte do estigma associado ao lixo. As pessoas acham feio, fedorento e anti-higiênico quando, na verdade, o que deveria nos envergonhar é descartar as coisas que estão escassas. Devemos pensar no lixo como um recurso.” diz Dambo.